TIC TAC

Me pego mentindo para mim e isto é vicioso

Presa a esse plano material, busco um ideal

Que parece não real diante das minhas burras atitudes

Busco por sonhos grandes e faço esforços pequenos

Estou entre os destroços e bagaços de laços não fecundos

Sinto medos sem fundos ao meio de amores profundos.

Ora ou outra penso está ficando louca

As minhas belezas se escondem em baixo dessa roupa.

Esse lugar não é onde quero está

Esse barulho parece me enfartar

O tic tac desse relógio ora ou outra há de me matar.

A minha pressa parece não levar a lugar nenhum

Me vejo aqui perdida, um ser sem nenhum lugar no mundo

Querendo apenas mudar, querendo apenas gritar

Mais esse tic tac do relógio me faz um ser mudo.

Quero fugir

Quero seguir

Sei o caminho

Mas não estou conseguindo seguir

Parece esse ser meu fim

Afogada nos meus próprios sonhos

Embriagada na solidão das minhas escolhas

Rabiscada e rasurada nas minhas próprias folhas.

BranquelaAquarela
Enviado por BranquelaAquarela em 07/10/2018
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