Maré...

Sigo nadando contra a maré...

Na minha solitária loucura

Vejo relâmpagos no céu azul

Desgosto caminhando em passos largos

Cansei de procurar

algo que não vou encontrar

Não mais

Todos estão frios

Mãos geladas, corações vazios

Nadando contra a maré...

O que foi, nem a lembrança restou

A distância tomou lugar

Não se olha, não se toca, não se sente

Minha loucura, não me desmente

Hoje vivo descrente dessa raça que sou

Sentimento? O que é isso?

É brinquedo, é brinquedo;

Contra a maré...

Solidão amiga íntima

Com ela posso sentar, tomar um café

Ela não mente, não machuca

Mesmo diante desses dias de dor

Nós duas ainda sorrimos

Fazemos um brinde

Tentando esquecer o que houve

Nos tornando como todos...

Robôs!

Isabel Tanis
Enviado por Isabel Tanis em 29/09/2018
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