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Eu sou o que não tem resposta
O lado de fora da porta
O orgulho dos idiotas
Sou eu, menos que nada!

Eu trago dentro de mim
O nada de sentimento
A vaidade aflorada
A mágoa escancarada
Nas veias a correr, cimento!

Sou tudo o que se abomina
...a soberba e o desdém
Maltrato quem quer que seja
Entregando de bandeja,
Pois não me compadeço, de ninguém!

Sou eu; eu e mais eu
Não conjugo nenhum um "bom" verbo
Na verdade nem sinto amor
Não me prendo, nem me apego
Não choro, nem sinto dor!

Sou leve feito uma pluma
...insistem dizer que sou o peso do mundo
Detesto o bem e as gentilezas
Moro no buraco mais fundo!

Já não me emociono mais com coisa alguma
Habito nas profundezas
Me prolifero em lacunas
Sou a erva daninha da natureza!

Não me confundam com o infinito
O que sou, não está escrito
Sou gelo, gosto do frio
Avesso, ao que é bendito
Oposto de JESUS CRISTO
Levanto o pó da tua estrada
Meu sobrenome é "de Nada"
.
.
.
Meu muito, desprazer...:
Eu sou o teu VAZIO!