ENTRE MUNDOS

Entre mundos

Ao pôr do sol nivoso

Feroz revivi o pensar

De odes Anacreontesca

Em plágios ao amar

Toda loucura Dantesca.

Castigado cai do céu

Onde plumas me ampararam

Como poeta e menestrel

Que suaviza vida dos que lá ficaram.

Tinhoso subi ao inferno

Dante estava ao portão

Creontes ao barco no timão

Precipitei-me de pronto ao interno

À busca de mais inspiração.

Ao pôr do sol escaldante

Na fonte de Sophia bebi

Espinho pungente penetrante.

Ao pôr do sol nivoso

Inferno e céu se fundem

E me espreme com desdém.

Fernando Brasil:. 30/08/1993

fernando brasil
Enviado por fernando brasil em 30/08/2018
Reeditado em 11/09/2024
Código do texto: T6434466
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