Nefelibata
Ó poeta que vive nas nuvens
Absorto no próprio universo
Criador dum mundo esbelto
Ó poeta que vive nas nuvens
De pensamentos inquietos
Faz de tudo algo tão belo
Ó poeta que vive nas nuvens
Cuidado com seus devaneios
Ressignificadores do teu meio
Pois tão esmero talento
Pode vir a ser desalento
Aos mais truculentos
E servir de cata-vento
Ao abrupto aparecimento
De adjetivos virulentos
Louco, insano, esquizofrênico
Pirado, lunático, patogênico
Ó poeta que vive nas nuvens
Volta um pouquinho pra terra
Assim evita uma vida em pé de guerra