Espaço/Tempo
Teus sonhos se dilaceram no beco.
As promessas que o tempo enterrou,
sem sinais de novidade ou trivial,
a vida corrida em rodopios,
a mente que mente,
axônios de Jesus
onde os pés se racham,
onde os joelhos se dobram,
por fé e algum pão da vida.
Aguenta um pouco mais.
Sucumbe um pouco mais.
Teus medos se esgueiram por entre os becos.
Morte morrida,
gente matada,
teu dialeto exposto
em bocas de cães, bocas de puta,
filhos da puta que sonham até o fim.
Onde pretendes chegar, moleque?!
Onde pretendes te eternizar, moleque.
Sorri um pouco mais.
Vive um pouco mais.
Espaço
Tempo