OBSESSÃO

Marcastes n’alma tua imagem

com ferro de marcar,

Musa predileta das minhas canções de amar

Tantas vezes, meu porque de sorrir

Quantas vezes, meu porque de chorar

Sereia das minhas praias de desejo

Onde o prazer de buscá-la mais ao fundo

Se intensificava maviosamente

Em cada toque, em cada beijo

Agora o fogo faminto se alimenta

Reclamando em mim

Sua ausência, abstinência

Incendiando,

escravizada alma sedenta

Sente falta de sua brisa tépida

Em sopros fagueiros o açoitando

Por fim em vão,

Terá que arrefecer com as lágrimas

As laminas de fogo,

em seus pesadelos balbuciantes,

o beijando

Terá que apagar com prantos,

Os slides intermitentes na memória

De seu sorriso melífluo,

nos recantos d'alma,

reboando,

chamando... chamando...

reboando...

davicartes@gmail.com

poesiasegirassois.blogspot.com

Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 04/09/2007
Reeditado em 27/02/2008
Código do texto: T637878
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