OBSESSÃO
Marcastes n’alma tua imagem
com ferro de marcar,
Musa predileta das minhas canções de amar
Tantas vezes, meu porque de sorrir
Quantas vezes, meu porque de chorar
Sereia das minhas praias de desejo
Onde o prazer de buscá-la mais ao fundo
Se intensificava maviosamente
Em cada toque, em cada beijo
Agora o fogo faminto se alimenta
Reclamando em mim
Sua ausência, abstinência
Incendiando,
escravizada alma sedenta
Sente falta de sua brisa tépida
Em sopros fagueiros o açoitando
Por fim em vão,
Terá que arrefecer com as lágrimas
As laminas de fogo,
em seus pesadelos balbuciantes,
o beijando
Terá que apagar com prantos,
Os slides intermitentes na memória
De seu sorriso melífluo,
nos recantos d'alma,
reboando,
chamando... chamando...
reboando...
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