Festa dos loucos
Os loucos fazem festa
A vida num instante pode explodir
A existência inexistir
E o sonho se tornar real
As beatas se calam após um grito abafado
A morte como um nó que nenhum santo desata
Os passantes passam lentos
Arrastando se por entre vias curvas, segurando nos rabilhos dos macacos
Humanidade na desordem de um caos no mínimo necessário
Como consequências de atos imaturos e insortidos
Os ruídos diários tornam-se musica costumeira
O radio empoeirado num quarto fechado expressa um chiado, cantando canções de um passado
Um tanto esquecido
Porém vivo na memória de um corpo
É quando sinto, que poemo
É quando calo que ouço
É quando cerro meus olhos cansados que posso ver o outro lado
Tudo vira poeira nublando um céu azul. Tudo chove. Tudo é.
Num rocar de dedos nos olhos passo a enxergsr as imperfeicoes de se estar em terra
Mas logo dissipo-me dos julgamentos e posso me ver sã
E os loucos fazem festa