Casual
Foi essencial me recolher diante de um temporal
Deixar que a alma repousasse em meus ombros
E me entregar às delicias de viver
E ser com arte, a minha liberdade,
Deitar-me nos travesseiros do amor
Dormir nos abraços do prazer
E deixar o sentimento falar
Mesmo que não tenha nada pra dizer
Foi essencial sair do esconderijo dos seus segredos
Vencer meus medos e anseios
No passear das trilhas
Segurar tua mão
E abandonar aquela estranha sensação
De morrer antes de existir
Foi Essencial ser artista de mim mesma
Imortalizar os momentos
Se despir das frustrações
Atravessar a escuridão
E com ela aprender
Que a ausência faz sofrer
A saudade enlouquecer
E a morte vem casual
É fácil não perceber
Foi essencial escutar a voz do inconsciente
Equilibrar a intensidade
E ao mesmo tempo ser intensa
Aceitar que o fim chega
E que coisas boas podem acontecer
Se entregando na alegria
E contrariando a tristeza
O eventual pode acontecer
E sendo imprevisível esse amor
Lembrança, deixará de ser