Essa sina da gente
Sinto aquela gente
Tão carente e tão sofrida
Sem noite, sem dia, sem amor e alegria
Essa dor, se perpetua em mim todo dia
Sinto aquela gente
Com fome e doente
Sem remédio, sem hospital, jogados ao acaso
À espera do socorro, mas ele nunca vem
Essa dor é minha também
Sinto aquela lágrima
Contida mas desesperada
Que o mundo não nota
Daquela gente desempregada
Fugindo da guerra e da morte
Em busca de esperança e de um pouco de sorte
Essa dor é minha também
Dói por não entender
Que sina é essa vida
Que a gente vive todo dia
E todo dia a gente vê
Todo dia a gente morre
Mesmo sem saber porque