SANATÓRIO DO INCONSCIENTE

Ah! Esses loucos!

Choram e riem, sóbrios ou bêbados, cheios de vontade de realizarem suas visões.

Convertem-se e depois desconversam. Cobrem-se no leito em meio às calçadas e sequer andam de mãos armadas, mas esboroam alicerces de contradições.

Pouco sabem de suas dimensões, muito menos de suas aflições.

Celebram o amanhecer com um aceno e uma frase de bom dia.

Despem paredes cobertas de tintas e rebocos, só para apreciarem os tijolos sobrepostos nas tumbas arquitetônicas dos faraós da antiguidade que, no templo da insanidade, ali habitaram-se e expuseram sua arte rupestre. - Florilégio consumado pelo incenso da palidez divina -...

Pobres loucos!

Bem dizeis dos vergalhões em suas mãos.

Calos de escritas e verbos que ressoam de suas bocas incontidas entre palavras mal ditas e interpretadas sob ovações.

Ah! Pobre de mim!

Semeando flores num campo de guerra, extirpando pragas invisíveis, enquanto me roubam todo o jardim!

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©

Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 09 de Maio de 2018.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 31/05/2018
Reeditado em 31/05/2018
Código do texto: T6351926
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