Revolta
De que adianta rezar ao pai
Se esse mundo é tão profano?
Se não tem fé como escudo,
A ignorância é um bom substituto!
De que adianta ser crente,
Se a crueldade sempre prevalece?
Entenda uma tempestade,
Prepare - se pro furacão...
E no fim, cale - se.
Nessa desordem, causei desastre,
Contra tudo, trouxe catástrofe...
O pior é o desconforto
Ao lerem apenas uma estrofe!
Não, não consigo manter o controle.
Não consigo esconder,
Já que estou à ponto de enlouquecer,
Porquê evitar adoecer?
Rastejando por qualquer motivo fútil,
Tendo de aturar o inútil,
Meu silêncio sempre súbito,
Me matando,
Com ódio, e ainda sim continuando...
Sem aguentar esse inferno,
Já foi tanto sofrimento,
Que parecia ser eterno.
Sensação de quem
Sempre ingeriu veneno,
Iludido, crendo, e mau sabia que era ingênuo!