TRAPO HUMANO
TRAPO HUMANO
A desesperança me fez partir,
Em silêncio, pedi que me levasse.
Olhando meu pálido sorrir...
Desesperançada me levei...
Segui comigo mesmo,
A passos lentos, andar calmo e triste.
Minha mão se levanta e o dedo em riste
Faz a acusação: FUGITIVA!
E no dia em que mais me azarei,
Caí-me pensar que amava...
Mais infeliz que feliz, menos sorri que chorei
Até descobrir que não dava!
Fujo pelas escadas correndo,
Como se assim tocasse o céu.
Mas a pressa, maldita! Atrapalha
E eu tropeço, caindo à meus pés...
Ri, ri daquele trapo maltrapilho
Que sob meus pés pereceu;
Gargalhei e critiquei daquilo,
Mesmo sabendo que o trapo
ERA EU!!!
Imaculada Catarina (kyriadalua)