ESTRANHA

Estranha menina

De esquinas e versos

De olhos cantantes

De bocas e buscas

De inversos confusos.

Estranha menina

De estradas de ferro

De trilhos tortos,estradas

De cetim nos jardins

Quase mortos...

Nas dálias e sandálias

De tiras de couro,

Perpetuando os seus passos.

Estranha menina

De palavras em conservas

Nos vidros que observa

Quase todas,temperadas.

Estranha menina

Que se agita,que se aninha

Que sai do trilho e desgoverna

Que parece andorinha

Mas também é caverna.

Estranha menina

De dores engolidas

De torres demolidas

Estranha,nas entranhas...

Menina.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 30/08/2007
Código do texto: T631487
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.