ESTRANHA
Estranha menina
De esquinas e versos
De olhos cantantes
De bocas e buscas
De inversos confusos.
Estranha menina
De estradas de ferro
De trilhos tortos,estradas
De cetim nos jardins
Quase mortos...
Nas dálias e sandálias
De tiras de couro,
Perpetuando os seus passos.
Estranha menina
De palavras em conservas
Nos vidros que observa
Quase todas,temperadas.
Estranha menina
Que se agita,que se aninha
Que sai do trilho e desgoverna
Que parece andorinha
Mas também é caverna.
Estranha menina
De dores engolidas
De torres demolidas
Estranha,nas entranhas...
Menina.