CIÊNCIA ESTRANHA.
CIÊNCIA ESTRANHA.
Como um andarilho das estrelas
Vou-me pelo tempo em seu vagão
Conhecendo outras espécies sofredoras
E qual minha surpresa ao vê-las, ...
É irmão matando irmão
Nesse cosmo, as dores são merecedoras.
O que hoje é humano, eu chamo de maldito
A vida que lhe foi dada com todos os benefícios
Foi cuspido a excelência desses meretrícios
Do engodo da palavra e do escrito
As atitudes são subjetivas perversidades
Puras sanguessugas por todas as extremidades
Larva de monstros por todos os cenóbios
Mas é neste que o homem supera os micróbios.
O atraso mental e seus pensamentos de naftalina
Faz o vulgar pensar que é ilustre
Tanto que transforma o belo em messalina
E o orgulho e a vaidade têm seu porte equestre
Seu ar de esterco, na urna da desgraça.
Leem livros com conteúdo maravilhosos
Se emocionam em dias santos
Bons feitiços com todos os encantos
Parecem corpos luminosos!
E são, universitários a desprezar própria raça.
Aqui o valor tem seus valores, vazios
Como rato comendo carne humana
O homem é o maior horror e me dá arrepios
Punguista de sua paz bacteriana
O miserável puja de sua obrigatória caridade
Mas é na sua trajetória, um poço de animalidade.
Vejo nações subjugando nações
Etnias exterminando etnias
Homens com poder atômico
A religião de todas as religiões
Deuses de todas as hegemonias
E meu estomago soluçando seu vomito
Quantas cores pintando de sangue o chão
Quanto custa ao homem amar o seu irmão!
Como gastar muito dinheiro com ódio
É muita inteligência para minha burrice
Qual ciência crua mata para chegar ao pódio
E qual birra vale a guerra por uma tolice
Engrenagem escrota de vísceras vulgares
Coração, boca, músculos, tripas e ossos enfim
É o jardim biológico dos vermes assassinos
Rosas das rosas das mais espetaculares
O apodrecimento é nosso medonho favor ao fim
Com um perfume, que vem de todos os intestinos.
CHICO DE ARRUDA.