Poema da loucura passageira

Desanunciadamente

Dona Loucura por mim se apaixonou;

Desprevenido que eu estava, arrebatado fiquei;

Desvendou-me ela, e eu a ela desvendei;

Um namoro passageiro

Dona Loucura não sabia;

Desavisada que estava

Meu galã a refletia.

Dona Loucura enlouquecida

Orquestrava a tempestade

Raios, ruídos e trovões

Chuvas e vendavais.

Meu galã a refletia,

Era tormenta desvairada

Dona Loucura não sabia...

Eu sou a tempestade!

No desvario meu,

Tornou-se doida varrida

E já batia em retirada

Do Vale que atravessamos,

Desse raio na tormenta,

Da paixão que desfrutamos,

Enlouqueci Dona Loucura!

Eu sou tempestade,

Dona Loucura agora...

Apenas Saudade!