O LOUCO UIVADO HUMANO
O que pensamos matar
É quem mais nos consome
Mata nosso fôlego apaga nosso ar
Desconhece data e altar, jaz é o seu nome...
Estamos juntos e misturados
Somos todos iguais nesta seara
Chegamos vitelos e abatidos saímos maturados
Todos somos fisgados como peixes cegos ante a mesma vara...
A terra está sempre prenha
Por isso sua forma redonda
Somos líquidos sanguíneos de sua ordenha
E as sombras medonhas se escondem do sol
O limo cresce e se amotina em sua ronda
Depois qual covarde abandona o musgo de seu rol
A fumaça vira fuligem
Nossa viagem de louco termina
Retiram de nossas máscaras a sonda
E outra começa como o grito uivante de uma virgem...