O LOUCO UIVADO HUMANO

O que pensamos matar

É quem mais nos consome

Mata nosso fôlego apaga nosso ar

Desconhece data e altar, jaz é o seu nome...

Estamos juntos e misturados

Somos todos iguais nesta seara

Chegamos vitelos e abatidos saímos maturados

Todos somos fisgados como peixes cegos ante a mesma vara...

A terra está sempre prenha

Por isso sua forma redonda

Somos líquidos sanguíneos de sua ordenha

E as sombras medonhas se escondem do sol

O limo cresce e se amotina em sua ronda

Depois qual covarde abandona o musgo de seu rol

A fumaça vira fuligem

Nossa viagem de louco termina

Retiram de nossas máscaras a sonda

E outra começa como o grito uivante de uma virgem...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 17/03/2018
Código do texto: T6282086
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