MÁGICA DA LUZ E DA ESCURIDÃO.
MÁGICA DA LUZ E DA ESCURIDÃO.
E como sempre houve de tempos em tempos
A escuridão se aproxima do astro geoide
Os hodiernos psicopatas terão seus dias de noite.
O macaco sufragará sua evolução genética
Nosso sol terá mais prazer em queimar
A lua assistirá da arquibancada do universo
Pois já tem dono, e o homem que pensa ser o senhor
Amaldiçoará os defeitos dessa biológica engrenagem.
Nada espere de quem esquece que é escravo dos tempos
Do emocionalmente nu que pensa como um espermatozoide
Donde na sua arrogância e orgulho todo bem se acoite
E dorme, plácido na sua própria paixão sintética.
Energia acima de cabeças, esgotos jogados no mar
O petróleo nessa sociedade tem seu alicerço!
Gases e luzes que cegam, o ar perdeu seu frescor
Buzinas, campainhas, até a palavra perdeu sua linguagem
Donde o impudor é exposto no subproduto da burrice
E o carrapato do dinheiro jaz no hipogeu da sua inteligência.
Os revezes da natureza sempre geraram deuses
E a mesma, não é respeitada como tal.
Dentro deste peão todos estão morrendo, desde o orto
O paraíso é esse tempo que esquece quem tu és
É uma mágica de luz e escuridão que passa eternamente
E o transforma em reles peão, dentro do peão.
Esse livro sem índice que só tem fim, a morte ou a velhice
E futuramente a morte, chama-se vida, área de comodato da existência
Onde num aglomerado fazemos parte de desconhecidas zoonoses
“Memento mori”, habitue-se a viver na sua Terra natal
Antes que ela se extinga e exponha-te como peso morto
Adapte-se a essa sociedade adaptada aos cabarés
Descubra-se da tua vestimenta animal e fantasie-se de gente
Afinal neste reino, é desnecessário mais um leão.
Eu, polímata das ignorâncias, sou o mais corajoso desse cemitério de vivos?
Faço de todas as desgraças a realidade dos meus curativos
Em verdade, vou buscar um lugar aonde as pessoas gostem de mim
De verdade, pelo que sou e não pelo que possuo
Um lugar aonde o humano não seja apenas um manequim
Onde as confissões e os sentimentos não venham de um egoísmo soníloquo
Um lugar onde os desconhecidos sorriem para as serpentes
E donde até as tristezas, sejam sorridentes.
E quando a morte, augúrio de quem vive, trouxer-me à dor
Rasgarei as entranhas do meu peito e suportarei com muito amor
Sem analgésicos para que saiba o alienígena quem sou
Dir-te-ei em verdade que da vida ela sempre foi fiadora
Que dela somos consortes onde ao pão nem o diabo amassou
Toda existência vem e vai no tempo e sua raiz sugadora
Deuses nascem e morrem nessa mesma raiz
E eu não dobro os joelhos para a surrealidade dos imbecis.
Sou um estranho onde até minha família me-é estranha
Unidos por sentimentos morais que nos sãos misteriosos
Onde a arvore do universo é imensa para pensar somente em nós
Preocupações mundanas agitam nossas carnes e esqueleto
A mente quando desnudada não bate mais, somente apanha
Ela descobre que toda a verdade foi manipulada pelos ambiciosos
E que não somos unidos pelos laços, e sim por nós
E quão salutar somos homens descartáveis, num humano obsoleto.
CHICO DE ARRUDA.