LABIRINTO

Abandono completo no abominável mundo da razão,

Dias infindáveis de tribulação e tormenta;

Sol a pino e a cabeça em parafuso,

Noites cálidas de silêncio sepulcral;

Foco certeiro na direção perdida,

Passos percorridos que não chegam a lugar algum;

Lágrimas presas na expressão de dor,

Pequenas mãos se estendem pelos anjos sonhados,

Mas a carga do momento é pesada demais...

Luta diária em busca da definição do amanhã que não acontece,

Apelos constantes aos surdos de plantão;

Dormindo e acordando em dias iguais,

Desfaz-se a certeza a cada manhã;

É como estar presa dentro de um filme estranho,

Que prossegue em sequência, com algumas cenas novas,

Porém, não é possível se chegar a conclusão;

Suspense psicológico, rotina maldita,

Quisera acordar dentro de uma outra história...

É preciso ajoelhar e implorar por salvação?

Então o que resta, no último ato, é dar o mais alto brado de apelação:

LIBERDADE, venha me resgatar dessa tortura!

Claudia Salck
Enviado por Claudia Salck em 07/03/2018
Reeditado em 09/03/2018
Código do texto: T6273196
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