LABIRINTO
Abandono completo no abominável mundo da razão,
Dias infindáveis de tribulação e tormenta;
Sol a pino e a cabeça em parafuso,
Noites cálidas de silêncio sepulcral;
Foco certeiro na direção perdida,
Passos percorridos que não chegam a lugar algum;
Lágrimas presas na expressão de dor,
Pequenas mãos se estendem pelos anjos sonhados,
Mas a carga do momento é pesada demais...
Luta diária em busca da definição do amanhã que não acontece,
Apelos constantes aos surdos de plantão;
Dormindo e acordando em dias iguais,
Desfaz-se a certeza a cada manhã;
É como estar presa dentro de um filme estranho,
Que prossegue em sequência, com algumas cenas novas,
Porém, não é possível se chegar a conclusão;
Suspense psicológico, rotina maldita,
Quisera acordar dentro de uma outra história...
É preciso ajoelhar e implorar por salvação?
Então o que resta, no último ato, é dar o mais alto brado de apelação:
LIBERDADE, venha me resgatar dessa tortura!