Desatinos

Acordo com o sol na janela

Vejo que nada mudou de ontem pra hoje

Sem saber onde ir, volto a dormir

Não tenho coragem, para prosseguir

Nos meus desatinos

Encontro-me no hospício

Lá me identifico

E quando vou - eu fico.

Encontro-me tão desolada

Peregrina no mundo

Minha loucura é mal interpretada

Ela é apenas uma menina

Que quer ser amada

Faço versos sem sentidos

Dopados pela ilusão

Sem ter onde cair

Só me resta o penhasco

Para meu corpo, emergir

Não posso me esconder

Um dia sei que vou morrer

Não verei o espetáculo

Minha vida será apenas um retrato

Guardado no baú, esquecido e engavetado

Sou parte da ventania

Minha camisa de força

É meu cativeiro de cada dia

Presa pela vida

Só queria a paz

Que o mundo merecia

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 17/02/2018
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