Desatinos
Acordo com o sol na janela
Vejo que nada mudou de ontem pra hoje
Sem saber onde ir, volto a dormir
Não tenho coragem, para prosseguir
Nos meus desatinos
Encontro-me no hospício
Lá me identifico
E quando vou - eu fico.
Encontro-me tão desolada
Peregrina no mundo
Minha loucura é mal interpretada
Ela é apenas uma menina
Que quer ser amada
Faço versos sem sentidos
Dopados pela ilusão
Sem ter onde cair
Só me resta o penhasco
Para meu corpo, emergir
Não posso me esconder
Um dia sei que vou morrer
Não verei o espetáculo
Minha vida será apenas um retrato
Guardado no baú, esquecido e engavetado
Sou parte da ventania
Minha camisa de força
É meu cativeiro de cada dia
Presa pela vida
Só queria a paz
Que o mundo merecia