Todo o rancor que guardei
Existe um pouco de rancor em minhas palavras.
Mas rancor enfeita o meu vocabulário de presentes antigos.
Tão mais alegre que todas as coisas passadas.
Sempre.
Tenho rimas diversas e cheias de alguém que não está.
E ainda assim, eu relevo.
Meu assento vazio toma chá aos domingos.
E não há diabo que mude essa minha maneira de gritar.
E quando for, seja como for, chega.
Não tem refrão que aguente esses pecados.
Nem poesia que alimente o perdão.
Deixa que, logo, eu cresço e me mando.
Deixa que quem facilita a fuga sou eu.
E se você quiser, eu vou.
E se ela quiser, sou eu.
E se ele quiser, eu não.
Mas se eu quiser, estou.