HOSPÍCIO DO PRAZER.

HOSPÍCIO DO PRAZER.

E os mutantes do universo contemplam a nossa ignorância

Seria bem fácil se aprendêssemos a nos amar

Mas ele ainda é jovem nessa humanidade incognoscível

A raça humana está lassa de exuberar sua intolerância

E como desconhece quem é, prefere se ajustar

Senhor e desbravador caminha pelos tempos se achando incrível

Todavia, não passa de um lixo terrível. O passado testifica

O presente nos arroga e o futuro será um mundo deserto de sentimentos

Aonde o insignificante se achará ainda mais inferior.

Somos adaptáveis ao meio e não há egoísmo genético que nos qualifica

Teremos genes bolorentos se ainda houverem nascimentos!

Quem saiba o caos faça parir um outro tipo de amor

Um onde teremos irmãos que não exilamos, pais que não asilamos

Filhos que prezamos e, um lugar aonde não haja vergonha por chorar

E onde a vaidade seja o orgulho de ter a mesma arquitetura esquelética

Ninguém é melhor ou pior, somos sobreviventes do que aniquilamos

A paz está cicatrizada na consciência de quem pode se dar

Não temos sensações cibernéticas! Mas sim, uma ascendência poética

Podes não acreditar, entretanto o teu dia-a-dia contem historias

São contos, crônicas, poesias e fabulas aonde nos emocionamos

Rimos, nos indignamos e choramos, não se deixe endurecer

De onde viemos sempre estarão guardadas as nossas memorias

Pelos tempos, dos nossos sonhos, anseios e desejos apenas hibernamos

Quiçá outra realidade abrirá a tua mente para esse hospício do prazer.

Um dia, à guerra e ao ódio nutriremos constrangimento

É impossível não aprender com tanta violência!

Com muito desprezo à vida, saiamos desse involucro de gigante

Da pureza e do bom senso a mente necessita desse acasalamento

A felicidade só tem portas abertas se houver transcendência

O inimaginável é espantoso para quem não é interessante

Nossa espécie tem uma grandeza pequena demais!

Nossos heróis sempre são fortes, ases na luta e assassinos

Nossos objetos são modernos e melhores que qualquer concorrente

Em nossas mesas há a culinária de outros canibais

Ensinamos essas coisas aos nossos filhos desde meninos

Como se com isso nos tornássemos um homem diferente

Mas somente os tolos estudam na mesma escola com um único professor

E isto, numa vida inteira. Dê-te a oportunidade de não ser igual.

Beije pela última vez a face dos teus pais e de todos os seus

Pois da morte uma geração inteira já se formou como doutor

Consigo somente levará as lembranças de uma paixão sobrenatural

Aonde as palavras não ditas, lacrimejam no arrependimento do teu adeus.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 31/01/2018
Código do texto: T6241020
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