CÂNCER DOS CANCERES.
CÂNCER DOS CANCERES.
Folgo em ver-te mais vetusto e maquiavélico
Um insignificante pedaço de nada desse universo
Onde tudo que é tocado não quer ser tocado
E que o mundo lhe moldou como um acessório bélico
Um ás, que na sorte do seu azar se encontra submerso
Donde vaga pelo orbe com o seu linguajar desbocado.
Vai-te sem pátria, sem amigos, sem lar e sem pais
Casto de saudades vai vivendo dentre os mais animais
Saia-te cristo de todos os demônios!
Tendes na miséria e na porcaria a aliança de seus matrimônios
Traz-te no arcabouço a estrutura de muita crueldade
Onde da lama e do esgoto é confrade de tua maldade.
Somente o pogonófilo por ti tem atração
Abjurou dos bons sentimentos para seguir-te em troca de pão
Câncer dos canceres que por ti se arrastam pelo chão
Triúnviro do dolo, na casa maldita, apoia a tirania
São irmãos do mesmo sangue purulento dessa hipócrita democracia
Onde unidos nessa septicidade se consagram em toda vilania.
O analfabetismo não lhe dá o aval para ser uma celebre desgraça
A preguiça não lhe dá o direito de ter sem trabalhar
O caráter de um homem não é comercializado em palanque de praça
Esse tipo de educação só é conseguido quando se aprende a roubar.
Vai-te carniça viva, aborto da humanidade!
Não há justiça tendo uma cobra, convivendo numa sociedade.
CHICO DE ARRUDA.