Ama(dor)
O poeta encalacrado
Enebria-se de leves sons
Em completo estágio catártico
Ama(dor) de seus impulsos
Incontinentes, persistentes e envolventes.
Embala a seu tempo a forma
Do produto final de seu trabalho
Degusta o amargo suor
Da língua-mãe já tecida
Doura-a para reluzir
Escreve-a para satisfazer.
A dor, ama-a!
Ama a dor, amador!
E dispara a palavra presa...