Ama(dor)

O poeta encalacrado

Enebria-se de leves sons

Em completo estágio catártico

Ama(dor) de seus impulsos

Incontinentes, persistentes e envolventes.

Embala a seu tempo a forma

Do produto final de seu trabalho

Degusta o amargo suor

Da língua-mãe já tecida

Doura-a para reluzir

Escreve-a para satisfazer.

A dor, ama-a!

Ama a dor, amador!

E dispara a palavra presa...

Gi Medeiros
Enviado por Gi Medeiros em 10/01/2018
Código do texto: T6222521
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