Pesadelo
Ando ao redor de mim mesmo
Na tentativa inglória de fugir dos estilhaços da vida.
Tento dialogar comigo mesmo.
Mas meu eu esta recluso, e me deixa a falar sozinho.
Olho para a janela e vejo a verdade com aquele sorriso puro e franco, fecho os olhos e começo a ouvir aplausos.
Abro os olhos e lá está a fantasia alegre e faceira comemorando a minha covardia.
As flores no jardim parecem dançar uma dança louca.
Tento de todas as formas não me deixar contaminar pelos meus delírios.
Meu mundo é cinzento.
Meu olhar é triste.
Choro em voz baixa.
Não me reconheço.
Me sinto esmagado pelo um peso enorme.
Minha face queima, minha cabeça doí.
Sou uma sombra sem sangue.
algo está sugando a minha vida.
É como se eu galopasse agarrado nas crinas do cavalo do tempo e ele tentasse com manobras bruscas me atirar ao chão.
De repente ele aumenta a velocidade e se atira em um abismo sem fim. fecho os olhos e fico aguardando o abraço da morte.
Mas o despertar do celular me traz de volta a realidade.
tudo não passou de um pesadelo.
Inspirado em contos do livro O Muro - de Sartre.