Pesadelo

Ando ao redor de mim mesmo

Na tentativa inglória de fugir dos estilhaços da vida.

Tento dialogar comigo mesmo.

Mas meu eu esta recluso, e me deixa a falar sozinho.

Olho para a janela e vejo a verdade com aquele sorriso puro e franco, fecho os olhos e começo a ouvir aplausos.

Abro os olhos e lá está a fantasia alegre e faceira comemorando a minha covardia.

As flores no jardim parecem dançar uma dança louca.

Tento de todas as formas não me deixar contaminar pelos meus delírios.

Meu mundo é cinzento.

Meu olhar é triste.

Choro em voz baixa.

Não me reconheço.

Me sinto esmagado pelo um peso enorme.

Minha face queima, minha cabeça doí.

Sou uma sombra sem sangue.

algo está sugando a minha vida.

É como se eu galopasse agarrado nas crinas do cavalo do tempo e ele tentasse com manobras bruscas me atirar ao chão.

De repente ele aumenta a velocidade e se atira em um abismo sem fim. fecho os olhos e fico aguardando o abraço da morte.

Mas o despertar do celular me traz de volta a realidade.

tudo não passou de um pesadelo.

Inspirado em contos do livro O Muro - de Sartre.

sevlas
Enviado por sevlas em 10/01/2018
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