E O TEMPO VOOU...

Nada pode deter o tempo

Que corre veloz e sereno

Sem importar-se com o mistério

que se abriga em cada ser humano.

Não perdoa a dor do tolo

Não aceita a queixa do preso

Desconfia da alegria do vaidoso.

Corre, porque ainda existe tesouros

Em corações despretenciosos.

Atroz, voa por entre povos

Sequer se detém em quem se anima

Para o bem propagar e ao mal renunciar.

Apenas avisa que não perdoará

Quem a ele desdenhar.

Ah! Impiedoso instante que já não existe,

Deixando apenas as marcas do que ficou.

E assim voa indiferente e sempre ligeiro

Como se nada existisse, nem mesmo a dor.

Malvado tempo sem intento, desconhece o perdão.

Nada o pode reter, nem mesmo o Criador.

Sem piedade dos envoltos em seus lamentos,

continua passando intolerante aos sentimentos.

Nada, absolutamente nada, é tão impossível,

Quanto deter o tempo e o pensamento.

Tão rápido pensou, o tempo irrevogável

não notou... Despercebido,

já vai longe o pensar que o tempo levou.

Texto revisado em 14/11/2009.

Míriam DOliveira
Enviado por Míriam DOliveira em 09/03/2005
Reeditado em 14/11/2009
Código do texto: T6216
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