Minhas mortes

Se agora tu me prezas,

manda para mim agora

tuas velas, tuas rezas

e com devoção ora.

Que hoje, nasço outro,

enterro este meu corpo

à muito já ressecado,

e a tanto tempo morto.

Quem sabe então, com isso

eu me salve novamente,

sem depender mais de ti

e renasça nova semente.

Que cada dia passado,

morro tristonho contigo,

prá nascer mais adiante,

em mim, meu melhor amigo.

Riva
Enviado por Riva em 22/08/2007
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