SEM NEXO

Ando sem rumo pela vida

A perguntar por mim

Naquele dia de despedida

Me perdi e me desencantei assim

Sem saber por que vim

De tão longe à procura de sabedoria

E por ela quantas vezes renasci

Deixando na morte e na vida...ironia

Andei à mão e braços com a loucura

Num dilema entre perfume de flor

E o espinho que a alma perfura

Na conjugação do verbo de dor

Vivi muitos séculos em só um dia

Fui e voltei sem ter partido

Chorei de tristeza e de alegria

Morri muitas vezes sem ter nascido

Do trono branco de uma nuvem

Com meu cetro de imaginação

Imponho a lei , minha cruel ordem

Joguem fora o desejo do coração

Façam dessa triste história

De loucura sem alforria

Apenas um ponto na memória

Versos loucos dessa poesia