Ditei o nada

Sinto toda a dor da agulha

Em meu peito

Desenhando a tatuagem

No que diz respeito a

Ser um convencido e

Nascido para escolher sempre a opção errada

Tenho tempo para me vangloriar

Pelas correções

No sigilo das ações

Escondido em um teto de barro

Que mal suporta a chuva forte

Mas permanece firme

Mesmo se debulhando em lágrimas

Que vão escorregando pelo canto da boca

Salgada de mais

Pra disfarçar

E em seguida passei a mão no rosto

Pra amenizar

O escorrer das larvas vulcânicas

Me queimaram

Pra depois transformarem meu coração

Em uma enorme pedra

Pesada

Esculpida dos meus choros e gritos

Desesperados

Um comportamento pouco esperado

Das frases cuspidas no chão

No corpo de quem foi crucificado

Por cometer um crime hediondo

Que foi

Espalhar felicidade.

- G.

Gonçalveski
Enviado por Gonçalveski em 24/09/2017
Reeditado em 24/09/2017
Código do texto: T6123690
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