Ditei o nada
Sinto toda a dor da agulha
Em meu peito
Desenhando a tatuagem
No que diz respeito a
Ser um convencido e
Nascido para escolher sempre a opção errada
Tenho tempo para me vangloriar
Pelas correções
No sigilo das ações
Escondido em um teto de barro
Que mal suporta a chuva forte
Mas permanece firme
Mesmo se debulhando em lágrimas
Que vão escorregando pelo canto da boca
Salgada de mais
Pra disfarçar
E em seguida passei a mão no rosto
Pra amenizar
O escorrer das larvas vulcânicas
Me queimaram
Pra depois transformarem meu coração
Em uma enorme pedra
Pesada
Esculpida dos meus choros e gritos
Desesperados
Um comportamento pouco esperado
Das frases cuspidas no chão
No corpo de quem foi crucificado
Por cometer um crime hediondo
Que foi
Espalhar felicidade.
- G.