IDÉIAS ILEGAIS.

IDÉIAS ILEGAIS.

Fui preso na alfândega da vida, por porte ilegal de idéias

Por afrontar a holotúria de cabeças pensantes

Que raciocinam com outra cabeça, debaixo dos lençóis dos amantes

E pompeia malparida, tendo seus marasmos como platéias.

A loucura monta meus demônios-cavalos, essa invertebrada

São tantos versos tendenciosos em poemas habituais

Que um júri homeostase, os decreta como intelectuais

Então percebo que toda certeza pode ser comprada.

Visto que neurônios com números de identificação

São condenados dentro do mesmo meio ambiente

Que trata o inexplorado como doente

E têm na sua bastardia mental, seu próprio alçapão.

Construir uma inteligência destruindo as evidências

É gestar a linguagem pensante no útero de uma criação botânica

Regar o fruto que vem dessa mesma matéria-orgânica

Transforma o dúbio e a insignificância, em boas pestilências.

Minhas idéias foram urdidas no mesmo botequim

E a de amparar-me em todas as minhas estruturas

Não fui feito por mecanismos vagos, eu tenho outras misturas!

Eu sempre, sempre morrerei no mesmo lugar,... Tão dentro de mim.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 20/08/2017
Código do texto: T6089492
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