Sua corda, sua bala, seu torniquete.

É necessário apertar mais,

a corda em seu pescoço.

Eu posso destoar do seu tom preferido,

e talvez,

meu gosto não seja mais o seu predileto.

Mas eu sei o quanto você sente,

e que a dor lhe soca insistentemente o estômago.

Eu sei quem você é,

até mesmo no escuro.

Eu reconheço você,

em meio a qualquer escuridão.

Tem coisas que ninguém pode nos tomar...

Desliza a mão no doce do seu ser,

tem no rosto marcas que criei.

E ninguém toma isso de mim,

ou você.

Aperta um pouco mais o tampão em sua nuca.

Arranca a tala do punho,

porque sangrar,

é o que mais faço,

todos os dias.

Aperta a corda do seu pescoço,

e não espere que eu seja seu torniquete.

Não espere que eu esteja lá,

porque eu certamente estarei.

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 01/06/2017
Código do texto: T6016009
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