Sua corda, sua bala, seu torniquete.
É necessário apertar mais,
a corda em seu pescoço.
Eu posso destoar do seu tom preferido,
e talvez,
meu gosto não seja mais o seu predileto.
Mas eu sei o quanto você sente,
e que a dor lhe soca insistentemente o estômago.
Eu sei quem você é,
até mesmo no escuro.
Eu reconheço você,
em meio a qualquer escuridão.
Tem coisas que ninguém pode nos tomar...
Desliza a mão no doce do seu ser,
tem no rosto marcas que criei.
E ninguém toma isso de mim,
ou você.
Aperta um pouco mais o tampão em sua nuca.
Arranca a tala do punho,
porque sangrar,
é o que mais faço,
todos os dias.
Aperta a corda do seu pescoço,
e não espere que eu seja seu torniquete.
Não espere que eu esteja lá,
porque eu certamente estarei.