A tempestade
Ó ! Nuvens negras que sujam o céu,
Ó ! Ar cruél, que espanca minha face,
Quando é vento,
Ó ! Céu, que inutil,
Tu limpar-te,
Com teus bravejados relampagos,
Que mesmo branquejando-te
Duram apenas segundos,
Quem deterá a tormenta,
Se nem mesmo a ciência,
E muito menos a religião,
O puderam fazer,
Acaso não é filha,
Da natureza,
Que com toda a certeza,
É a deusa toda-poderosa,
Que com trovões e relampagos,
Berra sua vontade ao planeta,
E em poucos segundos,
Vê esta mesma vontade,
Tornada realidade.
Ó ! Chuva forte que despenca do céu,
Em forma de gotas geladas,
Que umedece e refresca a terra,
Que molha as casas e causa enchurradas,
Que assusta a população,
Escondida em suas casas,
Mas que banha o poeta,
Que nú, sai as ruas,
Que contigo brinca e dança,
E alegre conversa,
Com os raios e trovoadas .