DESINIBIDA

Você chegou de mansinho

Me fez um carinho,

Beijou a minha boca;

Com gestos atrevidos

Aguçou os meus sentidos

Fingindo-se de louca.

Pôs uma música no ar,

Tirou a roupa devagar

E deitou-se na minha cama;

Exibiu-se ao natural

E com a voz tão sensual

Disse: Vem... Me ama!

Inebriado com o teu perfume

Desnudei-me ante o lume

Do abajur junto à cama;

Nos teus braços tentadores

Naufraguei em meus pudores

Acendendo a minha chama.

Como um louco desvairado

Pousei no teu corpo excitado

E penetrei na cavidade estreita;

No galope da exótica paisagem

Eu era teu cavalo selvagem,

Eras minha amazona perfeita.

Sôfrego de paixão e desejos

Me perdi na volúpia dos teus beijos

Sufocados de delírios e carícias;

Bailando no compasso dos teus quadris

Me entreguei vencido, mas feliz

Ao êxtase das emoções e delícias.

Cansada, suada, ofegante...

Afastou-se do meu corpo triunfante

Tão bela, satisfeita, desinibida!

Teus seios eretos e nus

Exibiam tudo aquilo que me seduz

Em meus braços - adormecida.