AINDA VIVO
Um dia escrevi
com sangue e pincel
com baldes tirei
a ira e tropel
verbetes sujei
a mão e papel
a fim de trazer
poemas do céu
Com ira lancei
os baldes no chão
o sangue escorreu
no meu coração
poemas matei
com uma só mão
não havia luz
só escuridão
Ahhhhhhh!
Meu grito ecoou
No antro viver
em meio a dor
estranho gemer
algo quebrou
mas vi renascer
que nunc’acabou
o meu novo ser