JUSTIFICA-ME

Como justificarei minha loucura

Oh meu Criador (se bem fizesse!)?

Pois, a vida (presente que me deste)

Gastei brincando em sepultura.

A alma, que é luz que alumia

Os passos meus cansados vacilantes

A fim de que não viva como errante

Soterrei sob uma pura covardia.

Porém ouve, oh Senhor, súplica minha

Se puderes conceder-me a Tua Graça

Com pena e com tinteiro, então rechaça

Grafando “não tens mais o mal que tinhas”.

E, do tempo, que por pouco me concedas

Beberei da taça que antes me abstinha