A DESVIRTUDE DE MEUS ATOS

Dias sim dias não

Vou sobrevivendo

Com pouco tostão

Na caridade

De quem me empresta.

Não sou perfeito

Mas o resto inda presta.

Minha casa

Tem baratas e gatos

Inda não tem

Uma gata pro meu barato.

Não gosta de mim?

Não ligo. É fato.

Sempre assumo

A desvirtude de meus atos.

*O Tempo Não Para, de Arnaldo Brandão.