Amor(te)

Ó tempo que não passas,

rasteja e se alastra.

As horas não se unem

permanecem sozinhas, imunes.

Um par de horas em um século

uma centena no mesmo dia.

E apensa cinco minutos se passaram

jazem mortas a paciência e calmaria.

É que hoje meu amor vem

e enquanto não chegas, estou morta,

morta em meio ao tempo

em que me ponho a me aprumar.

Amor(te), amor que quando espera

morre, morte que enquanto vive ama

morrendo estou esperando-te

para finalmente viver.

b bezerra
Enviado por b bezerra em 13/03/2017
Código do texto: T5939816
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