ABISMO DA INSANIDADE

Depois que as trevas passarem;

Depois que a luz clarear minha mente;

Haverá razão para guiar o meu destino;

Meus sonhos devoram minha pobre realidade;

Derramando o cálice sobre minha ferida;

Me jogando no abismo;

As lembranças devoram minha mente;

Trancafiado em meus traumas sociais;

Não consigo me libertar deste caos;

É mais forte que minha coragem.

Em nome das decepções que ando enfrentando;

Desejo apagar de minha mente;

As ilusões que consomem meu frágil fôlego;

Talvez seja precisa acordar outra vez;

Aguardando em meu leito;

As coisas melhorarem para mim;

Mas o vendaval de problemas;

Consome o vigor de meu pobre espírito;

A luz que outrora me sustentava;

Se prostituiu com as trevas do caos;

O vento que refresca minha face;

A água que jogo em meus pulsos;

Já não geram o mesmo efeito;

Estou caindo no abismo da insegurança.

Talvez não fui feito para ser amado;

Mas o fogo que destrói meu coração;

As meretrizes se jogam defronte a mim;

Elas me empurram para a lama;

Dos mais impróprios desejos carnais;

A minha alma está ferida;

Estou perdendo o equilíbrio;

De minhas faculdades mentais;

Onde foi que errei?

Não quero me desfazer de minha vida;

Não quero me jogar no abismo pecaminoso;

Por favor, preciso de alguém;

Para retirar de mim;

As correntes que flagelam minha alma.

RAFAEL BIANCHETTI
Enviado por RAFAEL BIANCHETTI em 11/03/2017
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