MEDO DO MEDO QUE DÁ.

MEDO DO MEDO QUE DÁ.

Em um vai-e-vem frenético,

Fluxo e refluxo sangrento,

A alma explode em pranto.

O que era para ser vida

Não suporta, sequer, a morte.

O medo tem duas patas

Tem nome de homem

E, é claro, o bicho não come...

Não há mais segredos

Que não possam ser ditos!

As antenas rasgam os tímpanos

E os olhos se esbugalham

Pelas janelas das casas

Pelas telas, palas janelas...

Tudo se vê enquadrado

Enlatado, envenenado e pronto.

O governador e o governado

Se desgovernam e dançam.

Os que de nada sabem

Ensinam aos gritos de “Fora!’

Pagam o bem com o mal...

Os que pagam, apagam as luzes,

As provas, os quadros,

Os sonhos, o futuro e as virtudes...

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 27/02/2017
Código do texto: T5925239
Classificação de conteúdo: seguro