PSICODÉLICA TRISTEZA....
Para onde foram as palavras sensíveis,
O olhar quase de lágrimas,
A voz que sussurrava o meu nome,
Com receio de me machucar?
Furtou-me o tempo tudo isso,
Essa força invisível,
Ficou a lenda dos grifos,
Morto sem seu ouro,
Apenas o pingo no olhar.
Zerei meus sonhos,
Meu pomar sem macieiras,
Na estrada a poeira,
Chuva não chora?
Chave do meu coração,
Emperrada a enferrujar.
Quem olhar não me enxergará,
Escondido na minha caxangá,
Sem deixar migalhas na areia,
Formarei minha própria teia,
Uma oca dos destroços,
Daqueles sonhos mortos,
Da minha viúva negra.