Num copo d'rum
Na curta vida que levo,
Não guardo segredo nenhum
Porque os mistérios da minha vida
Estão na borda de um copo de rum.
E nos sonhos loucos que tenho
Quase sempre saiu ileso,
Graças à fraca poesia
De um cigarro aceso!
E nos amores a que me entrego
Nunca acabo sozinho,
Pois quando o amor se vai,
Quase sempre chega o vinho.
Mas eu nunca sacudi o amor
Foi ele quem me sacudiu,
Talvez não goste da realidade
Que na ingenuidade pariu!