Cegueira violenta

Vi tudo que tinha a ver

Flores, arvoredos a crescer

Céu azul

Mar imenso

Passarinhos felizes e cantando

Homens e mulheres sonhando

Crianças brincando no parque

Todas rindo e fazendo arte

Mar de leite, nada a ver

Tudo que eu tinha

Estou a perder

Turva neblina que alucina

Essa brancura não me fascina

Não vejo o que sinto

Nem sinto o que vejo

Nem o toque que balança

O sentimento real

Nada me alcança

Tudo é banal

Desejos recortados

Ruídos branqueados

Gritos.

Dor...

Esperanças?

Cego! Estou eu cego!

Já havia tempos

Eu que não via

Cego fui, cego me tornei!

Didimari Santana
Enviado por Didimari Santana em 17/11/2016
Reeditado em 17/11/2016
Código do texto: T5826636
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