Em transe
 
“Não existe nada mais antigo
Do zing-pow!, do cinto de inutilidades...”
 
Ser infante ainda mais crescido
Sou o passado em futuro corrente
Vivo em lembranças o dia errante
Que mais quero que um por de sol constante?
 
Em transe mais que poético
Quero uma transa em letras garrafais
Não apenas hipérboles e metáforas decepcionantes
Interjeições entrecortadas em gozos incontroláveis
 
Que sentidos não façam mais sentidos
Que desejos se esgotem em golfadas
Que a luz ofusque tanto que se vê
Que tudo seja apenas mais um pouco...