Vivendo

Até parece uma casa assombrada;

Com todos esses demônios na minha cabeça.

Revivendo um passado esquecido,

Puxando-me para o fim dos tempos.

Sons de uma angústia alucinante;

À luz de um candelabro,

Afugentando a dor de uma alma desesperada;

E o frio de uma solidão paralisante.

As lembranças parecem pedras;

Atrapalhando a tranquilidade das águas de um lago.

A superfície calma que esconde;

A paz que nunca teve.

Os fantasmas continuam lutando,

Pela liberdade afrodisíaca da vida.

Sufocando os gritos de clemencia,

Levantando bandeiras falaciosas.

Entretanto, continuo respirando;

Com um grito abafado no peito,

Eu estou vivo.

Otto Stenke
Enviado por Otto Stenke em 16/10/2016
Código do texto: T5793517
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