Vivendo
Até parece uma casa assombrada;
Com todos esses demônios na minha cabeça.
Revivendo um passado esquecido,
Puxando-me para o fim dos tempos.
Sons de uma angústia alucinante;
À luz de um candelabro,
Afugentando a dor de uma alma desesperada;
E o frio de uma solidão paralisante.
As lembranças parecem pedras;
Atrapalhando a tranquilidade das águas de um lago.
A superfície calma que esconde;
A paz que nunca teve.
Os fantasmas continuam lutando,
Pela liberdade afrodisíaca da vida.
Sufocando os gritos de clemencia,
Levantando bandeiras falaciosas.
Entretanto, continuo respirando;
Com um grito abafado no peito,
Eu estou vivo.