Meio insana meio sã
Arranha a garganta
Me sinto estranha
E as lagrimas inundam os olhos
Será que agora eu poço?
Quero gritar bem alto
Pra assombrar nas ruas os passos
De quem passa sem saber o que se passa
Difícil dizer, e mais difícil esquecer
A estranheza de ter que ser
O que não quero e nunca quis
Sorrir sem respirar pelo nariz,
Pra inaturar minha natureza
Domar minha tristeza
Tentando ser estável, me descubro tão instável
Que o melhor seria ser, aquilo que não se vê
Pra poder fingir um pouco,
Que sou sã e odeio os loucos
E assim não mostrar quem sou
Tão insana quanto ninguém
E normal como qualquer alguém.