Sophia

Aquela vontade de fazer

O que ninguém fez

Logo passa

O vento faz questão

De levar consigo

Todo meu ânimo

E o pior

Não sei em que lugar

Surge o vento

Então caio em prantos

As forças que outrora

Eram o estímulo para minha fraqueza

Correm apressadas

Com medo de que eu novamente falhasse

E o latejar da minha mente

É proveniente

Do lagar das minhas ideias

Juntas a razão

A dificuldade que tenho

De me manter correto

É estupidamente ridícula

Afinal eu já não sei o que é correto

Se Deus pudesse me ajudar

Não preciso de muito

Só um gole de insanidade

No bar da Sophia

Sophia é minha conselheira

Meu refúgio

Quando me pego

Tentando me matar

Me jogar de uma sacada

Ingerir o veneno que a dias me oferecem

Bossais

Pensam que sou tolo

Sophia sempre me diz

Tu és tolo

Demasiadamente tolo

Ages de forma oposta

Do que sempre te digo para fazer

Então

Eu

Embriagado com meus goles de insanidade

Escarneço dela

Tu que vives comigo

Quando enfrento o perigo

Desapareces no infinito

E eu proclamo

Sou maldito!

Saí pela porta da frente

Olhei para trás

E mais uma vez

Sophia não fez nada

Absolutamente nada!

Fui aos cacos pela rua da solidão

E me deparei frente um abismo

E eu gritava

Ei! Alguém?!

E o eco respondia

Venha! Venha! Venha!

Já estava longe da Sophia

A garrafa de juízo estava vazia

Tinha um pouco de ousadia no meu cantil

Tomei num segundo

Pulei e bramei

Que tudo vá pra p…