''desejos mórbidos''

oh meu mortal

tão inocente, tão puro

não conhece os seres que vagam pela noite

não conhece as maldades ao redor

fico olhando pra voce

tão normal, tão cheio de virtudes

não imagina a verdade escondida por trás de minha máscara

meus desejos proibidos

meus planos insanos

meus olhos se perdem em teu corpo

tão perfeito

como queria tocá-lo

ver o seu sangue derramar sobre ele

ah, meu mortal

não sabes das minhas vontades

não conhece à nós

nossa natureza

não sabe do que sou capaz

és apenas um menino, menino querendo ser homem

vivendo uma realidade

totalmente paralela à minha

completamente diferente

as trevas que se refugiam na noite

o meu caixão é meu único abrigo

nesse relento não tenho pra onde correr

porém meus pensamentos correm

correm para ti

somente ti

queria levar-te para conhecer o meu mundo

minha vida

os meus dias

queria ti sequestrar e partir num navio e sumir por esse oceano

fugindo do mundo

dos malditos humanos

queria que fizer-te parte da minha vida

não só dos meus pensamentos

queria beber teu sangue num cálice com teu nome

queria roubar teus sonhos

teus sentidos

queria apreciar a lua todas as noites ao teu lado

ve-la refletir em teus olhos

queria morder-te todo

mas de repente acordo e vejo que,

foi tudo um sonho

és só um mortal

um ser humano normal

o oposto do que sou

e de sonhos me alimento

vivendo nesse tormento

com voce no pensamento

ah, meu mortal

eu ti observo todos os dias passar

tu que vira o rosto pra mim

queria tanto vc ao ponto de morrer

ou matar

estou obcecada

quero teu corpo

teu sangue

tua alma

mas quem sabe, um dia voce não acorde em meu caixão

se perguntando onde está, e eu vou surgir por trás

ti levando direto para meu mundo das trevas.

Autora: Aline Calvet

Lih Calvet
Enviado por Lih Calvet em 20/07/2007
Reeditado em 20/07/2007
Código do texto: T571873