Suicida
Sinto-me suicida, sentado ao lado de uma janela
que olha como chora o céu,
Ao estar acordado na madrugada, com papel e caneta na mão.
Pensando em qual cicatriz abrir, estando nestas condições,
Nem sei quão profundo é o abismo que me tornei
que qualquer coisa (ou pessoa) que entra cai,
Minhas olheiras dizem que dormi apenas um par de horas,
Digo que os sonhos estão a morrer, não saio de casa o dia todo
Me olhei no espelho e me vi diferente, poderia dizer que imparável
Mas é que hoje meu espírito idealista correu tudo uma maratona,
Talvez seja por isso que agora estou tão desanimado,
e um pouco cansado,
Talvez não me resta muito mais do que juntar os pedaços,
Que vão deixando os meus momentos de Luz e entrega.
Tentando equilibrar os meus sentimentos, lidando com a liberdade,
Como se lida com a constante montanha russa
Agora é a minha vida, é por isso que me sinto tão suicida
Por estar em um cenário totalmente melancólico, nostálgico,
Não sei o que vai sair de tudo isso,
talvez um poema mal estruturado
Ou um monte de perguntas, neste ambiente onde as letras
Por minhas fissuras se quebrem, não importa,
Já levo no livro um aglomerado de cicatrizes.
Desculpem minha confusão,
É que no meio dos meus desastres reguei as minhas raízes.