PESADELO
Um pecador com sua dor, seus passos frios procuram luz,
Não há desculpas nos próprios erros, ninguém induz,
Eterna busca por salvação, alma perdida, desilusão.
Sol proibido, recua o brilho em grossas mantas de nuvens,
Todos se curvam como servos perante o pesadelo,
Olhares assustados em um mundo redondo, sem janelas e portas.
Pesado e lento, mas que parece flutuar entre a visão esfumaçada,
Memória fugaz, mas repetitiva, oferece em badeja o licor envenenado,
Sem bagagem, tampouco algo que possa abraçar.
Os olhos se abrem na fuga do mal, súbito pesadelo,
Que foram despertados com as lembranças das coisas que um dia foram,
Exposta na mente como enfeites na mesa em noite de natal.
Ela não se convida a sentar à mesa, de surpresa te envolve a dançar,
Solidão de mãos frias que tocam a alma, fazendo lembrar que a pele arde em desejo,
E no espelho o reflexo de um pecador com sua dor, e a eterna busca por salvação.