Quero Minha Vida de Volta

Buraco sem fim,

Peito desnudo,

Turbulência,

Cabeça dormente.

De tudo que vivo,

Só sei o agora,

O passado é obscuro,

O amanhã já não existe.

Com os cacos de ontem,

Remonto o amanhã,

Para ter hoje a minha vida,

Entregue a própria sorte.

A vida é uma efêmera noite,

De carinhos fugazes e corpos incertos,

De um adeus sem remetente,

Da alegria.

Lá vem esse redemoinho outra vez,

Arrastando a vida de seu lugar.

Deixando tudo despido e incompleto,

Ao seu dispor.

Otto Stenke
Enviado por Otto Stenke em 14/07/2016
Código do texto: T5698119
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.